Uma das maiores intérpretes da música popular brasileira, Clara
Francisca Gonçalves Pinheiro, a Clara Nunes, será homenageada na segunda noite
de desfiles pela Sociedade Beneficente e Cultural Bambas da Orgia. A partir das
23h15 de sábado, 21, cerca de 1.300 integrantes, divididos em 22 alas, estarão
prontos para relembrar a história da cantora.
“Com o samba-enredo ‘Brilha no Céu a Estrela que nos Faz
Sonhar. Clara Guerreira, Bambas Vem te Homenagerar’, vamos levar à avenida a
garra de Clara Nunes e mostrar o que é fazer Carnaval. Com respeito e com a
participação de todos os bambistas de coração, entraremos para vencer”, destaca
o diretor de Carnaval da escola, Cleomar Rosa.
Para contar a história de Clara, cinco carros alegóricos terão
elementos que, de algum modo, eram significativos para a cantora. As riquezas de
Minas Gerais, sua discografia, fotos, os orixás (que ilustrarão a religião de
Clara), a Portela (escola de samba da homenageada), e um carro especial que
lembrará sua morte, com estrelas e muita prata, são alguns dos artefatos
confeccionados.
Segundo o diretor de Carnaval da escola, 15 pessoas trabalham desde
novembro no barracão do Complexo Cultural Porto Seco para tornar possível este
espetáculo. Para Cleomar, a ala das baianas (com 60 mulheres) e a da Velha
Guarda (que homenageará a Portela, com 70 pessoas usando terno branco) são os
destaques da escola. A escola - A mais
antiga escola de samba do Carnaval da Capital gaúcha, a Bambas da Orgia foi
fundada em 6 de maio de 1940. Seu símbolo é a águia e suas cores são o azul e o
branco.
Samba-enredo
“Brilha no Céu a Estrela que nos Faz Sonhar. Clara
Guerreira, Bambas Vem te Homenagerar”
Autores: Arilson Trindade, Ciganerey, Claudinho e
Juliano Centeno Intérprete: Leandro da Águia
Deixa clarear, clareia... Iluminada vem a guerreira A minha águia é poesia no ar Bambas da Orgia, Clara Nunes vem cantar Brava mineira! Doce encanto no olhar Ao som da viola cresceu Voz de ouro... No rádio então venceu Com o samba ergueu sua bandeira Num conto de areia... Floresceu Embalou seus versos, recebeu a magia Rumo à negra raiz, que se fez sua guia No rufar do tambor veio a inspiração Da África... Reluz a força da canção Ogunhê! Pai Ogum... Eparrei! Mãe Iansã Clara rainha dos orixás Um ser de luz, fez ecoar a sua fé Pelos sete cantos exaltou o candomblé Resplandeceu... Nos palcos O canto do meu sabiá Como chuva de prata, banhando as matas De alegria... Num lindo amanhecer Assim surgiu a maravilha de aquarela O manto azul e branco, tua eterna Portela Te envolveu de amor na passarela Mas ela se foi pra cantar Brilha além do luar No céu é a estrela que nos faz sonhar Um mar de emoção em homenagem Traz a razão maior... Com claridade
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